domingo, 22 de novembro de 2009

Dosagem de Ácidos Biliares


A dosagem de ácidos biliares é realizada quando temos evidências clínicas e laboratoriais que suportam um diagnóstico diferencial de disfunção hepática porém sem os sinais óbvios de doença hepática. Este teste não é parte dos testes laboratoriais de rotina e é pouco útil quando o paciente apresenta icterícia hepática ou pós-hepática - uma vez que o resultado estará sempre elevado. Em pacientes onde a icterícia é de orígem pré-hepática (hemólise) este teste é de grande ajuda para eliminar doença hepática como causadora da icterícia ou identificar doença hepática concomitante.

Para o teste de estímulo e dosagem de ácidos biliares, não existe um protocolo padrão, cada clínico usa o seu próprio método. Eu prefiro usar o método sugerido pelos patologistas veterinários que recomendam jejum de 12 horas, coleta de sangue, oferta de comida e nova coleta de sangue 2 horas depois. Um dos detalhes deste procedimento é o que devemos dar de comer para o paciente para maximizar os resultados. Novos estudos da Universidade de Cornell nos EUA recomendam que devemos usar comida enlatada normal, sem a necessidade de alto conteúdo de gordura ou carboidratos. Nenhum dos estudos no entando analisou a quantidade de comida que devemos oferecer, considerando que estes pacientes se apresentam geralmente inapetentes, algumas colheres (4 a 5) de sopa de comida em lata são o suficiente para conduzir o exame. É importante evitar dar muita comida para prevenir lipemia que pode interferir nos resultados.

Uma vez o exame realizado, a interpretação não é complicada. Geralmente pacientes que possuem disfunção hepática demonstram níveis normais ou elevados de ácidos biliares durante o período em que estão em jejum e concentrações elevadas após oferta de comida. Valores menores que 25umol/L em cães e 20 umol/Lem gatos são considerados normais. Ocasionalmente, os valores em jejum podem estar maiores do que os valores pós-prandial, isso pode acontecer quando existe uma contração insuficiente da vesícula biliar durante a refeição ou má absorção intestinal. Mas se existe valores anormais de ácidos biliares na amostra pré-prandial, esse paciente deve ser considerado como portador de disfunção hepática até que se prove o contrário.

Interessado em saber mais sobre esse assunto, mande sua pergunta para nós ou escreva aqui o seu comentário.

sábado, 14 de novembro de 2009

Consultoria Veterinária nos Estados Unidos

Muitos veterinários brasileiros possuem o sonho de praticar medicina veterinária nos Estados Unidos. No entanto acabam desistindo quando se deparam com informações infundadas e fora da realidade encontradas na Internet. Muitas dessas informações são "passadas" para frente por pessoas pouco informadas que não procuraram saber como funciona exatamente o processo de validação do diploma. A validação do diploma de médico veterinário nos Estados Unidos envolve uma série de passos, que muito embora possam levar um tempo para serem completados, não é nada fora da realidade e muito menos impossível. No entanto dependem de uma boa orientação por profissionais que já passaram por ele e que conhecem o sistema e hoje trabalham como Médicos Veterinários nos Estados Unidos, muitos já abriram suas próprias clínicas ou hospitais ou estão seguindo o caminho da especialização.


Caso você tenha interesse em saber mais sobre como validar seu diploma nos EUA, contacte a Vet.Med. Group Corporation e marque uma consulta. Nós iremos lhe prestar um serviço de consultoria completa para que você possa compreender melhor como funciona o sistema, como se preparar para os testes exigidos pelo governo americano, quanto custa cada teste e o processo inteiro, e o que você pode ou não pode fazer nos EUA (trabalho) enquanto segue com o processo.


Nós oferecemos também Consultoria Preparatória para todos os testes. Para agendar uma consulta ligue agora para 1-954-667-8042 e deixe sua mensagem com seu nome e número de contato ou envie um e-mail para vetmedgroupcorp@gmail.com


As consultas são em português.

Para maiores informações visite nossosite.

http://medvetconsultoria.blogspot.com/

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Anestesia do Paciente com Doença Cardíaca - Continuação.

Prezados Leitores do MedVet InFocus, esse artigo é uma continuação do tópico sobre Anestesia do Paciente com Doença Cardíaca, que se encontra logo abaixo desse texto.

Além dos detalhes discutidos anteriormente, é muito importante entender quais são os ricos ou implicações que as medicações usadas na terapia das doenças cardíacas podem trazer para o paciente que está sendo anestesiado.

Inibidores de ECA são largamente empregados na terapia da insuficiência cardíaca. São medicamentos vasodilatadores que podem contribuir para uma hipotensão e diminuição na filtração glomerular. Agentes anestésicos inalatórios costumam causar os mesmos efeitos e podem somar aos afeitos dos IECAs. Um bom protocolo pré-anestésico que enfatize analgesia e/ou anestesia regional podem ajudar a minimizar os níveis da concentração dos agentes inalatórios para esses pacientes.

Beta bloqueadores também são utilizados nos pacientes com doença cardíaca. Este tipo de fármaco pode causar bradicardia e hipotensão principalmente quando combinado com opióides. Esta bradicardia costuma não responder muito bem aos efeitos dos fármacos anticolinérgicos ou simptomiméticos que usamos comumente durante anetesia para aumentar a frequência cardíaca.

Bloqueadores de canais de cálcio causam bradicardias, vasodilatação e diminuem a contratilidade cardíaca. Agentes anestésicos inalatórios e opióides podem potencializar esses efeitos. Novamente, um protocolo pré-anestésico enfatizando analgesia e anestesia regional podem minimizar o uso desses agentes e anticolinergicos podem ser usados para controlar a bradicardia atribuída ao uso de opióides.

Digitálicos podem causar arritmias. Opióides podem potencializar uma bradicardia. É importante verificar se os níveis sanguíneos de digitálicos estão dentro da normalidade antes da anestesia. Hipocalemia pode aumentar a toxicidade aos digitálicos, sendo assim, é importante monitorar a concentração de potássio no sangue. Todas as medidas devem ser tomadas para monitorar e controlar a concentração de potássio durante todo o período em que o paciente estiver anestesiado.

Dúvidas sobre esse assunto? Deixe aqui o seu comentário.